quinta-feira, 2 de julho de 2009




terça-feira, 23 de junho de 2009

Bibliófilo

De maneira geral, considera-se que os dois critérios fundamentais para julgar a importância de uma obra seriam: sua raridade e a importância do referido escrito na tradição cultural à qual ele se insere.
É nesse sentido que se multiplicam a cada dia livrarias de "obras raras" ou "livros raros". Mas o que é raro? De início, aquilo que é considerado raro pela maior parte dos bibliófilos é a primeira edição. A primeira edição possui uma aura mágica, que se liga, fundamentalmente ao fato de que foi e é a primeira aparição pública de uma obra para o público leitor. Por exemplo, o indivíduo que percorra as mãos pelas páginas de uma primeira edição de Machado de Assis, como Dom Casmurro, por exemplo, saberá que foi daquela forma, com aquele tipo, aqueles eventuais erros de correção, aquela encadernação e aquele papel, que o "bruxo do Cosme Velho" fez conhecer ao mundo essa obra maravilhosa que é até hoje um clássico brasileiro. O segundo tópico, a importância histórica, liga-se à vida da obra em si.
Uma primeira edição de Racine e Molière valem muito, tanto em termos financeiros quanto históricos, ao passo que uma primeira edição de Amadeu Amaral vale pouco. Racine e Molière fundaram o teatro clássico francês, e foram escritores brilhantes, Amadeu Amaral foi um poeta de razoável importância no Brasil do século XIX e XX, mas nada que se compare para o Brasil, com o que os dois foram para a França. Primeiras edições fazem-se todo o dia, de autores que pouco sobrevivem, o fato de ser a primeira edição por si só não nos diz nada.

Os meios de comunicação


A impressão foi, durante muito tempo, a principal tecnologia intelectual de armazenamento e disseminação das idéias, mas, ainda não satisfeito, o homem continuou a sonhar com outras formas de comunicação que o aproximassem mais facilmente de outras culturas e divulgassem o saber produzido com maior rapidez e amplitude. O homem buscava conquistar um meio mais rápido de comunicação, de registro, e dedicou-se a aperfeiçoar os meios de que dispunha para diminuir a barreira da distância e do tempo, solucionar o problema da velocidade, pois somente após horas, dias, semanas é que a mensagem escrita no papel chegava às mãos do destinatário.
Um novo marco na história das comunicações estabeleceu-se com a invenção do rádio. Este tinha possibilidades de alcance muito maior e chegava mais rapidamente que qualquer outra mídia, principalmente no Brasil, cujo público letrado era bastante reduzido. O rádio, explorando a oralidade e a idéia da transmissão ao vivo, adentrou facilmente nos lares brasileiros. Como sua forma de transmissão e recepção necessitava apenas de uma estação emissora e aparelhos de recebimento, a mensagem podia chegar facilmente às pessoas, inicialmente em suas casas e, logo mais, com o surgimento de aparelhos portáteis, a qualquer parte a que esse aparelho fosse levado. Com o rádio, desenvolveu-se toda uma técnica de comunicação sonora em que o ouvinte era envolvido por uma série de recursos que o levam a vivenciar virtualmente (recorrendo ao seu imaginário) uma situação proposta, como, por exemplo, nas peças de teatro ou novelas transmitidas radiofonicamente. Os efeitos utilizados para simular chuvas, trovoadas, incêndios e toda uma infinidade de ruídos tinham como finalidade reproduzir uma cena real.
Popularizou-se na década de 70 a televisão. A partir de então, não só a palavra em forma de som poderia viajar pelo espaço, também a imagem em movimento a fazê-lo. É uma forma de comunicação em que a oralidade passa a dividir espaço com a comunicação da imagem, do símbolo, do movimento. A informação, além de ser falada, pode ser lida, vista, interpretada pelo receptor. A visão, sentido tão privilegiado nessa cultura, passa a ser o centro de explorações. Para o telespectador, assistir ao noticiário na televisão possui outra significação, há uma relação visual com quem transmite a informação, não é mais uma voz anônima ou um texto de alguém que não se pode imaginar quem seja. É uma pessoa que fala e mostra e se mostra a quem a assiste. A relação sujeito-transmissor-receptor mudou. O telespectador estreitou sua relação com o apresentador.
Com a evolução dos meios de comunicação mediáticos, no final do século XX, ocorre o agrupamento de todas as tecnologias anteriores. Surge uma tecnologia mais eficaz, que oferece todas as possibilidades já exploradas na imprensa, no rádio, na televisão, operando uma ultrapassagem: a possibilidade de interação e a velocidade com que tudo ocorre. O indivíduo não fica somente no papel de receptor passivo, há a possibilidade de escolha, há decisões a serem tomadas. O volume de informações emitidas é maior, bem como a rapidez com que chegam aos lares, oportunizando-se situações que as tecnologias anteriores não possibilitavam.
Pode-se ler o jornal de qualquer parte do mundo, assistir a uma entrevista, participar de conferências, ouvir músicas das mais longínquas regiões do planeta, trocar correspondências, ler, discutir, conversar, tudo em um único aparelho, uma “máquina comunicacional” chamada computador. Máquina que está conectada a milhares de outras, formando uma complexa rede, um rizoma informacional.

O Dicionário

Os dicionários remontam aos tempos antigos. Acredita-se que o dicionário tenha se originado na Mesopotâmia por volta de 2.600 a.C., feito em tabletes com escrita cuneiforme, ele informava repertórios de signos, nomes de profissões, divindades e objetos usuais, que funcionavam como dicionários unilíngües. Os gregos no século I criaram os lexicons para catalogar os usos das palavras da língua grega. Os gregos e os romanos já os utilizavam para esclarecimentos de dúvidas, termos e conceitos. Todavia, não eram organizados em ordem alfabética. Limitavam-se às definições de termos lingüísticos ou literários. Foi somente no fim da Idade Média que houve o surgimento de dicionários e glossários organizados alfabeticamente. Quando as glosas desses manuscritos latinos tornaram-se numerosas, os monges as ordenaram alfabeticamente para facilitar a localização. Com isso, surgiu uma primeira tentativa de dicionário bilíngüe latim-vernáculo. Com o advento da imprensa, no século XV, alavancou-se a difusão e o uso de novos dicionários. O estilo de dicionário que usamos atualmente foi incorporado no renascimento com o objetivo de traduzir as línguas clássicas para as modernas em função da bíblia.
"A leitura não é apenas uma operação abstrata: ela é o uso do corpo, inscrição dentro de um espaço, relação consigo mesma ou com os outros". Na Antigüidade grega a escrita é colocada a serviço da cultura oral e da conservação do texto, onde a leitura era feita por poucos alfabetizados. A partir da época helenística, a literatura passa a depender da escrita e do livro, cujo formato padrão era o volumen ou rolo, dando início à uma nova organização na produção literária. Surgem as grandes bibliotecas helenísticas que representavam muito mais sinais de grandeza e de poder, do que propriamente a difusão da leitura. Roma herda do mundo grego a estrutura do volumen e as práticas de leitura. A leitura é um hábito exclusivo das classes privilegiadas, dando origem às bibliotecas particulares, símbolos de uma sociedade culta. O códex, um livro com páginas, substitui o rolo a partir do século II d.C, e essa transformação do livro trás em si, novas práticas leitoras. Durante a Idade Média, a prática da leitura concentrou-se no interior das igrejas, das celas, dos refeitórios, dos claustros e das escolas religiosas, geralmente restritas às Sagradas Escrituras. Com o códex, na Alta Idade Média surge a maneira silenciosa de ler, sobretudo textos religiosos que exigiam uma leitura meditativa. Entre os séculos XI e XIV, quando renascem as cidades e com elas as escolas, desenvolvendo a alfabetização, surge uma nova era da história da literatura, pois o livro passa a representar um instrumento de trabalho intelectual, de onde chega o saber. Ao mesmo tempo inovam-se os modelos de biblioteca, cujo espaço organizado e silencioso é destinado à leitura. É nessa época que aparece o livro em língua vulgar, escrito às vezes pelo próprio leitor, e que circula entre a burguesia, paralelo a um modelo de leitura da corte, da aristocracia culta européia. Na Idade Moderna a prática da leitura no mundo ocidental está vinculada às evoluções históricas, à alfabetização, à religião e ao processo de industrialização. A técnica da reprodução de textos, e produção de livros, são inovados por Gutemberg; o que permite que cada leitor tenha acesso a um número maior de livros. Além disso, a grande revolução da leitura acontece pelo modelo escolástico da escrita, onde o livro se transforma num instrumento de trabalho intelectual. A leitura silenciosa se estabelece através da relação íntima, secreta e mais livre do leitor com o livro, tornando mais ágil a leitura. Surge aqui, o "leitor extensivo"; que consome numerosos impressos, diferentes e efêmeros, lendo com rapidez e sob um olhar crítico. A difusão do livro se dá mais rapidamente, nascendo o romance com a capacidade de envolver o leitor, geralmente a leitora; que nele se identifica e decifra sua própria vida. A leitura de cordel, os textos de venda ambulante fomentam o crescimento da produção de livros e a proliferação de livrarias, que são responsáveis por uma mudança de mentalidade, principalmente na França

terça-feira, 16 de junho de 2009

Leitura (Tere Penhabe)


Os olhos são a porta de entrada

nem sempre fiéis ao que vêem

a mente é a megera indomada

que distorce, desmente e não crê.
A alma se alia à verdade

ela pousa no verso que teço

faço dele o meu estandarte

deturpado por quantos o lêem.
O amor que criei com desvelo

em espelho de fino cristal

vira pedra, cascalho e até gelo

quando chega a leitura ao final.
Não é triste saber que acontece

o poeta cria mas não vê crescer

a luz que deu ao mundo, o verso

seu dono é quem gostar de o ler

A emprensa de Gutenberg


Em 1440, Gutenberg desenvolve a tecnologia da prensa móvel, utilizando os tipos móveis: caracteres avulsos gravados em blocos de madeira ou chumbo, que eram rearrumados numa tábua para formar palavras e frases do texto.
Na Baixa
Idade Média, as folhas escritas com notícias comerciais e econômicas eram muito comuns nas ruidosas ruas das cidades burguesas. Em Veneza, as folhas eram vendidas pelo preço de uma gazeta, moeda local, de onde surgiu o nome de muitos jornais publicados na Idade Moderna e na Idade Contemporânea.
Esta arte propagou-se com uma rapidez impressionante pelo vale do
Rio Reno e por toda a Europa. Entre 1452 e 1470, a imprensa conquistou nove cidades germânicas e várias localidades italianas, bem como Paris e Sevilha. Dez anos depois, registava-se a existência de oficinas de impressão em 108 cidades; em 1500, o seu número era de 226.
Durante o
século XVI os centros mais produtivos eram as cidades universitárias e as cidades comerciais. Veneza continuou a ser a capital da imprensa, seguida de perto por Paris, Leon, Frankfurt e Antuérpia. A Europa tipográfica começava a deslocar-se de Itália para os países do Norte da Europa, onde funcionava como elemento difusor do humanismo e da Reforma oriunda das cidades italianas.

O Jornal


O primeiro jornal regular de que se tem notícia foi a Acta Diurna, que o imperador Augusto mandava colocar no Fórum Romano no século I de nossa era. A publicação, gravada em tábuas de pedra, havia sido fundada em 59 a.C. por ordem de Júlio César, trazendo a listagem de eventos ordenados pelo Ditador (conceito romano do termo). Na Roma Antiga e no Império Romano, a Acta Diurna era afixada nos espaços públicos, e trazia fatos diversos, notícias militares, obituários, crônicas esportivas, entre outros assuntos.
O primeiro jornal em papel, Notícias Diversas, foi publicado como um panfleto manuscrito a partir de 713 d.C., em Kaiyuan, em Pequim, na China. Kaiyuan era o nome dado ao ano em que o jornal foi publicado. Em 1041, também na China, foi inventado o tipo móvel. O alfabeto chinês, entretanto, por ser ideográfico e não fonético, utiliza um número de caracteres muito maior que o alfabeto latino europeu. No ano de 1908, os chineses comemoraram o milenário do jornal Ta King Pao (Gazeta de Pequim), apesar de a informação não ter comprovação absoluta.
OBS.: A figura à direita é uma mera ilustração.

História do livro


Na Antiguidade surge a escrita, posteriomente ao texto e ao livro. A escrita consiste de código capaz de transmitir e conservar noções abstratas ou valores concretos, em resumo: palavras. É importante destacar aqui que o meio condiciona o signo, ou seja, a escrita foi em certo sentido orientada por esse tipo de suporte; não se esculpe em papel ou se escreve no mármore.
Os primeiros suportes utilizados para a escrita foram tabuletas de argila ou de pedra. A seguir veio o khartés (volumen para os romanos, forma pela qual ficou mais conhecido), que consistia em um cilindro de papiro
, facilmente transportado. O "volumen" era desenrolado conforme ia sendo lido, e o texto era escrito em colunas na maioria das vezes (e não no sentido do eixo cilíndrico, como se acredita). Algumas vezes um mesmo cilindro continha várias obras, sendo chamado então de tomo. O comprimento total de um "volumen" era de c. 6 ou 7 metros, e quando enrolado seu diâmetro chegava a 6 centímetros.

Pergaminho do Códice de Leningrado
O papiro consiste em uma parte da planta, que era liberada, livrada (latim libere, livre) do restante da planta - daí surge a palavra liber libri, em latim, e posteriormente livro em português. Os fragmentos de papiros mais "recentes" são datados do século II a.C.
.
Aos poucos o papiro é substituído pelo pergaminho, excerto de couro bovino ou de outros animais. A vantagem do pergaminho é que ele se conserva mais ao longo do tempo. O nome pergaminho deriva de Pérgamo, cidade da Ásia menor onde teria sido inventado e onde era muito usado. O "volumen" também foi substituído pelo
códex, que era uma compilação de páginas, não mais um rolo. O códex surgiu entre os gregos como forma de codificar as leis, mas foi aperfeiçoado pelos romanos nos primeiros anos da Era Cristã. O uso do formato códex (ou códice) e do pergaminho era complementar, pois era muito mais fácil costurar códices de pergaminho do que de papiro.
Uma conseqüência fundamental do códice é que ele faz com que se comece a pensar no livro como objeto, identificando definitivamente a obra com o livro.
A consolidação do códex acontece em Roma, como já citado. Em Roma a leitura se dava tanto em público (para a plebe), evento chamado recitatio, como em particular, para os ricos. Além disso, é muito provável que em Roma tenha surgido pela primeira vez a leitura por lazer (voluptas), desvinculada do senso prático que a caracterizara até então. Os livros eram adquiridos em livrarias. Assim aparece também a figura do editor, com Atticus, homem de grande senso mercantil. Algumas obras eram encomendadas pelos governantes, como a Eneida, encomendada a Virgílio por Augusto
.
Acredita-se que o sucesso da religião cristã se deve em grande parte ao surgimento do códice, pois a partir de então tornou-se mais fácil distribuir informações em forma escrita.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Curiosidade

Sobre bibliotecas, biblioteconomia e escrita:· O Dia do Bibliotecário é comemorado há 24 anos. A data foi instituída pelo Decreto Nº 84.631, de 9 de abril de 1980, o mesmo que criou a Semana Nacional do Livro, em outubro. O dia 12 de março foi escolhido, por ser a data do nascimento do bibliotecário Manuel Bastos Tigre, primeiro diretor da Biblioteca Central da UFRJ.

· O livro mais vendido e mais lido no mundo é a Bíblia. Estima-se que até hoje já tenham sido vendidos 11 milhões de exemplares da versão integral, 12 milhões de novos testamentos e 400 milhões de brochuras com fragmentos dos textos originais. Depois dela, vem o Alcorão, livro sagrado do Islamismo, seguido o Livro Vermelho, do líder chinês Mao-Tse-Tung. O quarto lugar parece estar com o livro Scouting for Boys (Escotismo para Rapazes), escrito em 1908 por Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, militar inglês que deu origem ao Escotismo.

· Os sábios chineses foram os pioneiros da arte de imprimir livros. Faziam livros de magia e material escolar. Mas o livro mais antigo de que se tem conhecimento é uma cópia do Diamond Sutra, impresso em 11 de maio de 868 e encontrado nas grutas de Dunhuang, no Turquestão. Eram discursos de Buda para seu discípulo Subhuti. Para fazê-lo, Wang Chieh entalhou letras em bloquinhos de madeira.

· A Biblioteca de Alexandria foi reconstruída e aberta ao público este ano. Um novo edifício ergue-se no mesmo local em que, há mais de 2.400 anos, existia o palácio dos monarcas Ptolomeus do antigo Egito. Semelhante a um disco solar que emerge do solo, o edifício é iluminado por um elegante teto de vidro de plano inclinado. No novo prédio de US$ 200 milhões e 45 mil metros quadrados, as paredes foram decoradas com caracteres referentes a todas as escritas do mundo, a construção se impõe com suas vigas e vitrais, 17 elevadores e centenas de janelas articuladas, para seguir a trajetória do Sol e da Lua. Com 80 bibliotecários, o complexo oferece 2.500 lugares, amplo uso das novas tecnologias, do audiovisual e da música. Ao lado do planetário há vários museus: de caligrafia, de mosaico, de arqueologia e de ciências.

· O sucessor de Alexandre, o Grande, Ptolomeu I fundou no século III a.C. um centro cultural sem precedentes, o Museu de Alexandria. O centro contava com uma biblioteca universal concebida para acolher todos os saberes do mundo. No momento em que foi criada, possuía 500 mil livros e um catálogo que ocupava 120 volumes. Durante o reinado de Cleópatra VII, suas prateleiras contavam com 700 mil obras. A nova biblioteca de Alexandria abriga um acervo de cerca de 8 milhões de volumes.

· Na Mesopotâmia, por volta de 3200 a. C., foi criado, pela primeira vez no mundo, um “sistema de sinais”, de ideogramas uniformizados, escolhidos, cada um deles ligado a um certo número de significações, que permitiam reproduzir, materializar e fixar o pensamento: a primeira escrita.

As leis de Ranganathan são cinco leis fundamentais instituídas para a Biblioteconomia pelo pensador indiano Shiyali Ramamritam e que vigoram até os dias actuais. Ranganathan era um professor de matemática indiano interessado em biblioteconomia que cursou na Inglaterra. Foi autor do livro "The Five Laws of Library Science" (1931), formado na Inglaterra, aborda pontos importantíssimos da Biblioteconomia moderna com suas cinco Leis. Estas leis podem ser resumidas da seguinte forma:


1. Os livros são para serem usados - o livro é um meio que impulsiona o conhecimento.
E podemos observar a importância de uma biblioteca na seguinte frase: “quem tem informação, tem poder”.
Aponta para o livro como um meio e não como tendo um fim em si mesmo.

2. Todo livro tem seu leitor - refere-se a disseminação da informação, em que se deve divulgar os livros existentes em cada biblioteca. Aponta para a importância da divulgação do livro, sua disseminação, antecipando a estética da recepção.

3. Todo leitor tem seu livro - o bibliotecário deve fazer o estudo dos usuários, observando a clientela para preparar o acervo. Aponta para a selecção de acordo com o perfil do usuário.

4. Poupe o tempo do leitor - a arrumação e catalogação dos documentos diminui o tempo necessário para encontrar a informação desejada. Aponta para o livre acesso às estantes, o serviço de referência e a simplificação dos processos técnicos.

5. Uma biblioteca é um organismo em crescimento - o bibliotecário deve controlar esse crescimento, verificando qual a informação que está sendo usada, através de estatísticas da consulta e empréstimo. Decorre da explosão bibliográfica que exige actualização das colecções e previsão do crescimento da área ocupada pela biblioteca.

Eu Amo Biblioteconomia Radicalmente


Biblioteconomia é a ciência que estuda os aspectos do uso e da disseminação da informação através de serviços e produtos informacionais. Trata sobre a análise, planejamento, implementação, organização e a administração da informação em bibliotecas, bancos de dados, centros de documentação, sistemas de informação e sites, entre outros.
O papel do profissional bibliotecário vai muito mais além dos empréstimos e organização da biblioteca, ele é como um agente mediador entre a informação e quem a busca, de modo que o conhecimento chegue de forma rápida e satisfatória ao seu usuário.
A palavra biblioteconomia é composta por três elementos gregos - biblíon (livro) + théke (caixa) + nomos (regra), assim biblioteconomia é etimologicamente o conjuntos de regras de acordo com as quais os livros são organizados em espaços apropriados : estantes, salas, edifícios. Organizar livros implica tanto ordená-los segundo um sistema lógico de classificação do conhecimento e conservá-los para que resistam a condições desfavoráveis de espaço e tempo, como torná-los conhecidos para que sejam utilizados pelo maior número de pessoas interessadas nos seus elementos formativos, informativos, estéticos ou simplesmente lúdicos que eles contém. Isso tem início antes mesmo do livro entrar na biblioteca - por meio de compra, doação ou permuta - através de uma cuidadosa seleção, se o livro atente aos perfis dos respectivos usuários.
A Biblioteconomia é uma das profissões mais antigas da humanidade. Estima-se que talvez tenha se iniciado nos primórdios com as práticas estabelecidas pelos monges copistas. Ela é uma Ciência da Informação pelo seu caráter interdisciplinar e pelo seu objeto de estudo: a informação.
Como seria impossível para determinado usuário de uma biblioteca em sua busca por informação, folhear todos os livros, ouvir todos os CD's, ou manusear todas as formas de suporte da informação presentes na biblioteca, são desenvolvidas técnicas e serviços de forma a simplificar o acesso a informação contida no suporte (impresso, digital, sonoro, etc.).
As principais áreas de pesquisa em biblioteconomia são: representação temática, representação descritiva, linguagens documentárias, serviços de referência, marketing em unidades de informação, arquitetura de informação, usabilidade, catalogação.

terça-feira, 9 de junho de 2009

O Livro Proibido do Vaticano


O Index Librorum Prohibitorum ou Index Librorvm Prohibithorvm ("Índice dos Livros Proibidos" ou "Lista dos Livros Proibidos" em português) foi uma lista de publicações proibidas pela Igreja Católica, de "livros perniciosos" contendo ainda as regras da igreja relativamente a livros.
O objetivo do Index Librorvm Prohibithorvm inicialmente era reagir contra o avanço do
protestantismo, sendo criado em 1559 no Concílio de Trento (1545-1563), e ficando sob a administração da Inquisição ou Santo Ofício. Esta lista continha os livros ou de obras que se opusessem a doutrina da Igreja Católica e deste modo "prevenir a corrupção dos fiéis".
O índice foi atualizado regularmente até a trigésima-segunda edição, em
1948, tendo os livros sido escolhidos pelo Santo Ofício ou pelo papa. A lista não era simplesmente reativa, os autores eram encorajados a defender os seus trabalhos. Em certos casos eles podiam re-publicar com omissões se pretendessem evitar a interdição. A censura
prévia era encorajada.
A trigésima-segunda edição, publicada em
1948, continha 4.000 títulos censurados por várias razões: heresia, deficiência moral, sexualidade explícita, incorrecção política, etc. A escassez dos meios de comunicação da época dificultava e até impossibilitava que a Igreja pudesse se defender em tempo útil. Assim como a igreja católica, membros de outras religiões também exerceram ou continuam a exercer tal censura
, embora não tenham um livro explícito para isso.
O que é notável é que obras de
cientistas, filósofos, enciclopedistas ou pensadores como Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Nicolau Maquiavel, Erasmo de Roterdão, Baruch de Espinosa, John Locke, Berkeley, Denis Diderot, Blaise Pascal, Thomas Hobbes, René Descartes, Rousseau, Montesquieu, David Hume ou Immanuel Kant
tenham pertencido a esta lista.
O índice foi aboliado em 1966 pelo Papa Paulo VI,sendo anunciado formalmente em 15 de junho de 1966 no jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano, através de um documento chamado de "Notificação" escrito no dia anterior.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A História do Papel


A palavra papel é originária do latim "papyrus". Nome dado a um vegetal da família "Cepareas" (Cyperua papyrus). A medula dos seus caules era empregada, como suporte da escrita, pelos egípcios, há 2 400 anos antes de Cristo. Entretanto foram os chineses os primeiros a fabricarem o papel como o atual, começando a produção de papel a partir de fibras de bambu e da seda.
A invenção do papel feito de fibras vegetais é atribuído aos chineses. A invenção teria sido obra do ministro chinês da agricultura Tsai-Lun, no ano de 123 antes de Cristo. A folha de papel fabricada na época seria feita pela fibra da Morus papyrifer ou Broussonetia papurifera, Kodzu e da erva chinesa "Boehmeria", além do bambu.
Por volta do ano 610 D.C., os monges coreanos Doncho e Hojo, enviados à China pelo rei da Coréia disseminaram o invento pela Coréia e também pelo Japão. Entre os prisioneiros que chegaram a Samarkand (Ásia Central), havia alguns que aprenderam as técnicas de fabricação. O papel fabricado pelos samarkandos e coreanos, mais tarde, passaram a ser feitos com restos de tecidos, desprezando-se os demais materiais fibrosos. Por volta de 795 instalou-se em Bagdá (Turquia) uma fábrica de papel. A indústria floresceu na cidade até o século XV. Em Damasco (Síria), no século X, além de objetos de arte, tecidos e tapetes, se fabricava o papel chamado "carta damascena", que se exportava ao Ocidente.

quinta-feira, 4 de junho de 2009


Foi há 4500 anos que os egípcios descobriram o Cyperus papyrus, que lhes servia para suporte da escrita. Depois de tirarem a casca à planta do papiro, cortava-se o miolo em tiras finas, que depois eram coladas umas a seguir às outras, até se obter uma superfície bastante ampla. A esta primeira camada de tiras verticais colava-se outra camada de tiras horizontais, para reforço. Por fim, as folhas eram enroladas à volta de um cilindro de madeira, para se poderem conservar. Do Egipto, a moda do papiro estendeu-se aos outros países do Norte de África e ao Próximo Oriente. Os gregos e os latinos só entre o século II e IV depois de Cristo é que começaram a substituir o papiro com o pergaminho, que, por sua vez, foram trocados pelo papel no século XIII.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O homem lança seus primeiros registros...


Desde a pré-história, o homem sente necessidade de expressar seus pensamentos, bem como busca uma maneira de registrar seus conhecimentos de forma duradoura.Nossos antepassados do período paleolítico deixaram registrados nas paredes rochosas das cavernas ou dos penhascos pinturas e desenhos de seres humanos e animais como o bisão, o mamute e o cavalo selvagem. Esses primeiros registros lineares introduziram no mundo o primeiro passo para a escrita.
O homem utilizou diversos materiais como suporte para registrar seus conhecimentos. Os antigos grupos humanos, acostumados ao emprego de pictogravuras, compreenderam a vantagem de associar símbolos a objetos ou idéias. Assim, esses desenhos tornaram-se, aos poucos, ideogramas e estes por sua vez, escrita fonética.
A escrita mais antiga de que se tem conhecimento é a cuneiforme, derivada da palavra “cuneu” e proveniente da Mesopotâmia. Para escrever, utilizavam-se placas de argila ainda moles, e, com um estilete, faziam-se marcas em forma de cunha. Após concluir a escrita, a placa era cozida até ficar tão dura como um tijolo.

terça-feira, 2 de junho de 2009

O Livro

O livro tem aproximadamente seis mil anos de história para ser contada. O homem utilizou os mais diferentes tipos de materiais para registrar a sua passagem pelo planeta e difundir seus conhecimentos e experiências.Os sumérios guardavam suas informações em tijolo de barro. Os indianos faziam seus livros em folhas de palmeiras. Os maias e os astecas, antes do descobrimento das Américas, escreviam os livros em um material macio existente entre a casca das árvores e a madeira. Os romanos escreviam em tábuas de madeira cobertas com cera.


Os egípcios desenvolveram a tecnologia do papiro, uma planta encontrada às margens do rio Nilo, suas fibras unidas em tiras serviam como superfície resistente para a escrita hieróglifa. Os rolos com os manuscritos chegavam a 20 metros de comprimento. O desenvolvimento do papiro deu-se em 2200 a.C e a palavra papiryrus, em latim, deu origem a palavra papel.Nesse processo de evolução surgiu o pergaminho feito geralmente da pele de carneiro, que tornava os manuscritos enormes, e para cada livro era necessária a morte de vários animais.


O papel como conhecemos surgiu na China no início do século 2, através de um oficial da corte chinesa, a partir do córtex de plantas, tecidos velhos e fragmentos de rede de pesca. A técnica baseava-se no cozimento de fibras do líber - casca interior de certas árvores e arbustos - estendidas por martelos de madeira até se formar uma fina camada de fibras. Posteriormente, as fibras eram misturadas com água em uma caixa de madeira até se transformar numa pasta. Mas a invenção levou muito tempo até chegar ao Ocidente.
O papel é considerado o principal suporte para divulgação das informações e conhecimento
humano. Dados históricos mostram que o papel foi muito difundido entre os árabes, e que foram eles os responsáveis pela instalação da primeira fábrica de papel na cidade de Játiva, Espanha, em 1150 após a invasão da Península Ibérica.No final da Idade Média, a importância do papel cresceu com a expansão do comércio europeu e tornou-se produto essencial para a administração pública e para a divulgação literária.